por João Aníbal Henriques
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Os actos eleitorais recentes deixaram provado que chegámos ao fim de um ciclo político.
De facto, e tendo em conta até os níveis de participação eleitoral que vão acontecendo um pouco por toda a Europa (veja-se a grande vitória eleitoral da abstenção nas eleições autárquicas de 9 de Outubro), o socialismo dito democrático nascido no pós-guerra e baseado em pressupostos ideológicos que geraram as correntes neo-liberais do regime partidarizado que ainda hoje subjuga a política do velho continente, já não representa nada nem ninguém.
As novas gerações, politicamente motivadas para uma intervenção que generaliza a ideologia, espera da política e dos políticos soluções práticas para o seu dia-a-dia e, sobretudo, soluções que em termos doutrinários sejam suficientemente latas para que possam abarcar todo o espectro cultural, social e multinacional que hoje caracteriza a Europa. As velhas ideologias, geradas por modos de vida que já hoje não existem, estão mortas, e só não foram ainda enterradas porque ainda estão vivos (e a esses ainda lhes convém manter o controle) alguns (poucos felizmente) daqueles que nos transportaram politicamente desde meados do Século XX até à actualidade.
Hoje, quando os ritmos da multiculturalidade marcam o quotidiano das comunidades, e quando as marcas fronteiriças ganharam um novo significado, a sociedade exige a criação de uma nova representatividade política que, como dizem os “especialistas” deve ser também representatividade económica, social e, sobretudo, cultural.
Estamos, por isso, no momento em que é essencial repensar a democracia e ponderar todos os factores que nos foram dizendo que ela garante… Liberdade? Fraternidade? Igualdade? Quando deles se tornaram efectivos no âmbito do regime partidarizado em que vivemos já há tanto tempo? Seremos verdadeiramente livres? Seremos mesmo fraternos? Seremos iguais? Julgo que as respostas são óbvias…
Enquanto foi possível acreditar que aquilo a que chamaram democracia, e que mais não é do que uma ditadura partidarizada, poderia caminhar em direcção ao cumprimento dessas garantias fundamentais, os cidadãos procuravam simbolicamente a representação com determinada facção ou partido, e participavam eleitoralmente na escolha dos políticos.
Agora, que já se percebeu que tudo é utopia, desde os partidos até às ideologias, passando pelas figuras dos políticos e, sobretudo, pela ilusão eleitoral, a verdade despiu-se de toda a sua diáfana envolvência e surge crua e dura aos olhos de todos: a maioria dos cidadãos, independentemente da sua origem étnica, cultural, linguística, profissional ou económica, já percebeu que nunca encontrará no actual regime uma resposta perene às suas necessidades de representação.
É fundamental uma Nova Democracia.
É essencial que essa Nova Democracia possua os fundamentos que lhe garantam a abertura suficiente para alargar o espectro da sua representatividade. É obrigatório que a Nova Democracia seja simultaneamente aberta à criação de sinergias entre diferentes princípios ideológicos para salvaguardar a possibilidade de representar todos aqueles que possuam virtualidades políticas e, simultaneamente, suficientemente estanque para garantir que não sofre as incursões (ou pelo menos consegue identificá-las e combate-las) por parte dos grupos de índole diversa que ainda vão controlando a nossa sociedade.
A Nova Democracia tem, OBRIGATORIAMENTE, de ser uma Democracia Apartidarizada!...
De facto, e tendo em conta até os níveis de participação eleitoral que vão acontecendo um pouco por toda a Europa (veja-se a grande vitória eleitoral da abstenção nas eleições autárquicas de 9 de Outubro), o socialismo dito democrático nascido no pós-guerra e baseado em pressupostos ideológicos que geraram as correntes neo-liberais do regime partidarizado que ainda hoje subjuga a política do velho continente, já não representa nada nem ninguém.
As novas gerações, politicamente motivadas para uma intervenção que generaliza a ideologia, espera da política e dos políticos soluções práticas para o seu dia-a-dia e, sobretudo, soluções que em termos doutrinários sejam suficientemente latas para que possam abarcar todo o espectro cultural, social e multinacional que hoje caracteriza a Europa. As velhas ideologias, geradas por modos de vida que já hoje não existem, estão mortas, e só não foram ainda enterradas porque ainda estão vivos (e a esses ainda lhes convém manter o controle) alguns (poucos felizmente) daqueles que nos transportaram politicamente desde meados do Século XX até à actualidade.
Hoje, quando os ritmos da multiculturalidade marcam o quotidiano das comunidades, e quando as marcas fronteiriças ganharam um novo significado, a sociedade exige a criação de uma nova representatividade política que, como dizem os “especialistas” deve ser também representatividade económica, social e, sobretudo, cultural.
Estamos, por isso, no momento em que é essencial repensar a democracia e ponderar todos os factores que nos foram dizendo que ela garante… Liberdade? Fraternidade? Igualdade? Quando deles se tornaram efectivos no âmbito do regime partidarizado em que vivemos já há tanto tempo? Seremos verdadeiramente livres? Seremos mesmo fraternos? Seremos iguais? Julgo que as respostas são óbvias…
Enquanto foi possível acreditar que aquilo a que chamaram democracia, e que mais não é do que uma ditadura partidarizada, poderia caminhar em direcção ao cumprimento dessas garantias fundamentais, os cidadãos procuravam simbolicamente a representação com determinada facção ou partido, e participavam eleitoralmente na escolha dos políticos.
Agora, que já se percebeu que tudo é utopia, desde os partidos até às ideologias, passando pelas figuras dos políticos e, sobretudo, pela ilusão eleitoral, a verdade despiu-se de toda a sua diáfana envolvência e surge crua e dura aos olhos de todos: a maioria dos cidadãos, independentemente da sua origem étnica, cultural, linguística, profissional ou económica, já percebeu que nunca encontrará no actual regime uma resposta perene às suas necessidades de representação.
É fundamental uma Nova Democracia.
É essencial que essa Nova Democracia possua os fundamentos que lhe garantam a abertura suficiente para alargar o espectro da sua representatividade. É obrigatório que a Nova Democracia seja simultaneamente aberta à criação de sinergias entre diferentes princípios ideológicos para salvaguardar a possibilidade de representar todos aqueles que possuam virtualidades políticas e, simultaneamente, suficientemente estanque para garantir que não sofre as incursões (ou pelo menos consegue identificá-las e combate-las) por parte dos grupos de índole diversa que ainda vão controlando a nossa sociedade.
A Nova Democracia tem, OBRIGATORIAMENTE, de ser uma Democracia Apartidarizada!...