A menos de um mês das eleições presidenciais, Portugal parece não ter ainda percebido a importância da decisão que será tomada por todos em Janeiro. De facto, e contrariando aquilo que tem sido comum desde que Eanes chegou a Belém em meados dos anos 70, desta vez o Presidente da República terá uma palavra a dizer relativamente ao futuro de Portugal.
O alheamento dos Portugueses não é, no entanto, culpa sua. Se tomarmos atenção à campanha, se é que se pode considerar como campanha as investidas destrambelhadas de quase todos os candidatos e o mutismo permanente do actual presidente, rapidamente concluiremos algo que é tradutor daquilo em que transformaram o nosso Portugal: um completo, inquietante, promíscuo e preocupante silêncio.
Da esquerda à dita direita; de Cavaco Silva a Francisco Lopes; do poeta alegre ao fundador da AMI; não vem uma única ideia, projecto ou solução que permita aos Portugueses imaginarem o futuro com optimismo. Quem os ouve, e quem dedica atenção às suas intervenções, rapidamente constatará que não existe nada nos seus discursos e intervenções que entendamos ser um passo em frente na resolução dos nossos problemas.
Desta maneira, quem poderá culpabilizar os Portugueses por não se entusiasmarem com este momento tão importante? Quem poderá culpá-los pelo desastre político que vamos enfrentar no próximo ano? Quem poderá julgar o seu alheamento relativamente aos destinos de Portugal? Ninguém. Absolutamente ninguém.
Os políticos activos que temos já demonstraram que estão completa e absolutamente divorciados dos Portugueses. A abstenção crescente que acompanha os actos eleitorais em Portugal é o mais evidente sinal dessa situação inquietante. Porque se Portugal não assume os seus destinos; se a população não intervém nas decisões do dia-a-dia; se a comunidade Nacional não se motiva para participar na vida política; então estamos condenados a que, mais ano menos ano, apareça alguém com força suficiente e uma vontade férrea para deitar a mão a Portugal. Se olharmos para a História veremos que foi sempre assim ao longo dos séculos, num ciclo que se repete de geração para geração.
Depois… não se queixem!
O alheamento dos Portugueses não é, no entanto, culpa sua. Se tomarmos atenção à campanha, se é que se pode considerar como campanha as investidas destrambelhadas de quase todos os candidatos e o mutismo permanente do actual presidente, rapidamente concluiremos algo que é tradutor daquilo em que transformaram o nosso Portugal: um completo, inquietante, promíscuo e preocupante silêncio.
Da esquerda à dita direita; de Cavaco Silva a Francisco Lopes; do poeta alegre ao fundador da AMI; não vem uma única ideia, projecto ou solução que permita aos Portugueses imaginarem o futuro com optimismo. Quem os ouve, e quem dedica atenção às suas intervenções, rapidamente constatará que não existe nada nos seus discursos e intervenções que entendamos ser um passo em frente na resolução dos nossos problemas.
Desta maneira, quem poderá culpabilizar os Portugueses por não se entusiasmarem com este momento tão importante? Quem poderá culpá-los pelo desastre político que vamos enfrentar no próximo ano? Quem poderá julgar o seu alheamento relativamente aos destinos de Portugal? Ninguém. Absolutamente ninguém.
Os políticos activos que temos já demonstraram que estão completa e absolutamente divorciados dos Portugueses. A abstenção crescente que acompanha os actos eleitorais em Portugal é o mais evidente sinal dessa situação inquietante. Porque se Portugal não assume os seus destinos; se a população não intervém nas decisões do dia-a-dia; se a comunidade Nacional não se motiva para participar na vida política; então estamos condenados a que, mais ano menos ano, apareça alguém com força suficiente e uma vontade férrea para deitar a mão a Portugal. Se olharmos para a História veremos que foi sempre assim ao longo dos séculos, num ciclo que se repete de geração para geração.
Depois… não se queixem!