Cascais fez ouvir a sua voz.
Numa iniciativa inédita que juntou no centro da Vila perto de duas centenas de Cascalenses, ouviram-se protestos contra a presença da troika, contra a austeridade, contra o governo e, sobretudo, contra os partidos políticos que, sem excepção, são um dos grandes obstáculos que impedem a concretização da democracia.
Para os manifestantes, que se reuniram em Cascais pela primeira vez desde o PREC, o ponto de ordem esteve na "autêntica bandalheira que se instalou no País desde o 25 de Abril", explicando que o mito criado entre a instalação de um regime democrático e a proliferação dos partidos políticos era uma utopia que devia ser desmascarada. Cascais gritou bem alto que exige democracia e, sobretudo, que exige que um novo rumo, um novo caminho e um novo paradigma para Portugal. Num regime assente na representatividade dos Portugueses e nos valores básicos da honestidade, rigor, transparência e respeito por Portugal.
Nesta manifestação única, na qual não participaram partidos políticos nem organizações sindicais, o mote foi colocado em Portugal, assumindo redobrada importância numa altura em que já se viu que terá de ser diferente o rumo a seguir pelo País num futuro próximo que se deseja que assuma o seu legado na formação de um novo ensejo para Portugal.