O sangue, o suor e as lágrimas foram as peças essenciais no
processo de criação e desenvolvimento do Estoril enquanto estância turística de
qualidade excepcional e de reconhecimento a nível internacional.
O “Estoril de Sangue”, conduzido no espaço SerCascais por
Isabel Magalhães e João Aníbal Henriques, funcionou literalmente como uma
máquina do tempo, levando os muitos participantes através de uma viagem virtual
desde 1870, quando o Rei Dom Luís I escolhe Cascais como espaço de veraneio,
até daqui a 20 anos, quando as próximas gerações tiverem a oportunidade de
viver neste lugar excepcional.
Figuras como José Jorge de Andrade Torrezão, o visionário
sonhador Lisboeta que teve a coragem de dar a vida para que o Estoril nascesse;
o empresário Carlos Anjos que, em conjunto com o capitalista Henrique de Moser,
deram forma ao Monte Estoril que hoje conhecemos; passando por João de Deus
Ramos, Dias Valente e Aníbal Henriques, que imaginaram e viveram um novo
Estoril através da sua escola e do Colégio João de Deus; terminando em Fausto
de Figueiredo, o pragmático criador do Estoril moderno; foram todas elas
essenciais para a afirmação desta marca internacional.
Em comum, todos, o facto de não terem ganho nada com isso,
privilegiando o Ser em detrimento do Ter e carregando consigo o ónus de terem
deixado uma herança de memórias e de emoções que ninguém conseguirá destruir.