Um clima e uma paisagem caracterizados por uma qualidade incomparável, aos quais se vem aliar um posicionamento estratégico sem igual no contexto Nacional, marcado pela proximidade face a Lisboa, e pela existência de excelentes condições de utilização dos seus vastos areais, fazem do actual Concelho de Cascais um espaço desde sempre atractivo para a ocupação humana.
A partir de finais do século XIX, sobretudo como consequência da intervenção urbana extremamente activa do Visconde da Luz, todas estas condicionantes evoluem recriando um espaço verdadeiramente apto a receber os novos visitantes. A construção da Estrada Marginal, que estabelece uma rápida e eficaz ligação a Oeiras e a construção do Caminho de Ferro até Pedrouços, criam novas acessibilidades que aproximam ainda mais Cascais da Capital.
A aristocracia de Lisboa, habituada a um ambiente seleccionado e a uma qualidade de vida a que se alia sempre o período de veraneio numa das longínquas praias da zona de Belém à Cruz Quebrada, passa a encontrar nesse locais , em consequências das transformações referidas, um número cada vez maior de lisboetas.
Cascais, e algum tempo depois os estoris, tornam-se assim o destino privilegiado da elite social dessa época. Suficientemente próximas de Lisboa para se tornarem acessíveis nos curtos espaços de tempo livre, e suficientemente distantes para garantirem a paz que o bulício da capital já não permitia, a Costa do Estoril assume-se definitivamente como a mais cosmopolita das terras de Portugal, para ali afluindo todos aqueles que valorizavam as suas características naturais e sociais.
Em 1870, quando o próprio Monarca D. Luís I, se instala na Cidadela de Cascais, é traçado em definitivo o destino turístico da localidade, facto que se consubstancia na introdução de uma série de inovações que fazem deste lugar um dos mais prósperos da época. A par da iluminação pública eléctrica , da rede de telefones, da electrificação do comboio, Cascais assiste à construção de um parque patrimonial sem igual.
As novas habitações, ostentando de uma forma marcante as origens sociais dos seus proprietários, vão tornar-se símbolos de uma nova sociedade, na qual a modernidade, o desenvolvimento e o progresso se assumem como elementos fundamentais. As características tipológicas das habitações desta época, inseridas num movimento de renovação da arquitectura europeia que altera radicalmente a paisagem das localidades portuguesas, recriam um ambiente em que a ostentação é demonstrativa de um novo estatuto.
Conhecer o Cascais de veraneio, no seio de uma amálgama de estilos que suportam uma sociedade muito própria, é reconhecer em cada um deste imóveis os traços marcantes de uma da memória daqueles que os projectaram e construíram o Portugal em que hoje vivemos.
A partir de finais do século XIX, sobretudo como consequência da intervenção urbana extremamente activa do Visconde da Luz, todas estas condicionantes evoluem recriando um espaço verdadeiramente apto a receber os novos visitantes. A construção da Estrada Marginal, que estabelece uma rápida e eficaz ligação a Oeiras e a construção do Caminho de Ferro até Pedrouços, criam novas acessibilidades que aproximam ainda mais Cascais da Capital.
A aristocracia de Lisboa, habituada a um ambiente seleccionado e a uma qualidade de vida a que se alia sempre o período de veraneio numa das longínquas praias da zona de Belém à Cruz Quebrada, passa a encontrar nesse locais , em consequências das transformações referidas, um número cada vez maior de lisboetas.
Cascais, e algum tempo depois os estoris, tornam-se assim o destino privilegiado da elite social dessa época. Suficientemente próximas de Lisboa para se tornarem acessíveis nos curtos espaços de tempo livre, e suficientemente distantes para garantirem a paz que o bulício da capital já não permitia, a Costa do Estoril assume-se definitivamente como a mais cosmopolita das terras de Portugal, para ali afluindo todos aqueles que valorizavam as suas características naturais e sociais.
Em 1870, quando o próprio Monarca D. Luís I, se instala na Cidadela de Cascais, é traçado em definitivo o destino turístico da localidade, facto que se consubstancia na introdução de uma série de inovações que fazem deste lugar um dos mais prósperos da época. A par da iluminação pública eléctrica , da rede de telefones, da electrificação do comboio, Cascais assiste à construção de um parque patrimonial sem igual.
As novas habitações, ostentando de uma forma marcante as origens sociais dos seus proprietários, vão tornar-se símbolos de uma nova sociedade, na qual a modernidade, o desenvolvimento e o progresso se assumem como elementos fundamentais. As características tipológicas das habitações desta época, inseridas num movimento de renovação da arquitectura europeia que altera radicalmente a paisagem das localidades portuguesas, recriam um ambiente em que a ostentação é demonstrativa de um novo estatuto.
Conhecer o Cascais de veraneio, no seio de uma amálgama de estilos que suportam uma sociedade muito própria, é reconhecer em cada um deste imóveis os traços marcantes de uma da memória daqueles que os projectaram e construíram o Portugal em que hoje vivemos.