Quando a Câmara Municipal de
Cascais inaugurou, em Julho de 2011, os passadiços de madeira nas Dunas do
Guincho (Praia da Cresmina), ainda sob a presidência de António Capucho, foi
grande o júbilo dos Cascalenses.
Apesar de os projectistas se
terem “esquecido” de integrar no
percurso maravilhoso as três peças do património de Cascais que lhe estão
adjacentes (a mãe-de-água da Cresmina, o Aqueduto Romano e o Povoado dos Casais
Velhos) e de ter perdido a oportunidade para os recuperar, esta intervenção
oferecia ao turismo do Estoril uma nova e extraordinária ferramenta de trabalho
que, para além de permitir o acesso a um dos mais bonitos recantos do Concelho
de Cascais, deslumbrando todos aqueles que tivessem a sorte de saber da sua
existência, também servia como contributo importante para preservar (e
recuperar) as dunas da Cresmina.
Mas agora, em 2014, depois de se
ter mudado a presidência da C.M.C. e de as eleições terem sido ultrapassadas, a
situação em que se encontra este equipamento é muito diferente.
Fruto da incúria e do desleixo, a
degradação tomou conta do passadiço e, em alguns troços, para além de ter
desaparecido a corda que marcava o percurso e que protegia as dunas
consolidadas, existem sinais evidentes de destruição da própria estrutura em
madeira.
Agora, são muitos aqueles que
voltaram a pisotear e a destruir os habitats naturais e as próprias dunas, em
linha com o ar de abandono em que se encontra toda a estrutura, destruindo
assim uma parte substancial da riqueza natural de Cascais e das potencialidades
turísticas do local.
Mais preocupante ainda, dado tudo
isto ter sido feito e pago com verbas públicas, ou seja, dinheiro que pertence
a todos os Cascalenses, é percebermos que se a recuperação da estrutura não
vier a acontecer num curto espaço de tempo, e não for seguida de um esforço
continuado de manutenção, perderemos definitivamente mais este equipamento.
Agora que as eleições autárquicas
já passaram, esperemos que as europeias que aí vêm e as legislativas que se
lhes seguem, sejam argumentos suficientes para que a Autarquia tome em mãos a
resolução do problema...