As notícias que ontem abriram os principais noticiários, davam conta dos resultados já alcançados pelo governo português no programa de corte das prestações e apoios sociais.
Do abono de família ao rendimento mínimo garantido, foram cerca de 2,5 milhões de Euros que o estado poupou em três meses através do cancelamento de subsídios que deixaram de ser entregues às famílias. Esta medida de austeridade, considerada de forma quase unânime pelos analistas e comentadores como essencial no estado de caos em que se encontram as contas públicas, vem assim contribuir para a redução do défice e, acima de tudo, complementar o aumento de impostos que todos os Portugueses suportarão para ajudar o País a cumprir os objectivos da moeda única.
Mas apesar de ninguém a ter ainda levantado, existe uma questão premente que se coloca quando ouvimos uma notícia destas: será que foram cortados os apoios que tinham sido mal atribuídos ou pura e simplesmente se retiraram esses apoios àqueles que deles efectivamente necessitavam?
A premência da questão é maior ainda se pensarmos que durante anos a fio, por incúria, incompetência ou desinteresse do estado, houve negligência na forma como se atribuíram e foram pagos esses subsídios. É preciso lembrar que o peso da administração pública no orçamento geral do estado Português é um dos mais elevados da Europa, e que isso se deve sobretudo ao facto de todos nós pagarmos a um conjunto excepcionalmente grande de funcionários para que eles cumpram com rigor e cuidado todas essas tarefas essenciais. Ou seja, os Portugueses pagam o funcionamento de um estado ignóbil, desastrado, trapalhão e incompetente, e voltam a pagar ainda os resultados desastrosos da incapacidade que esse mesmo estado tem de zelar pelos interesses deles.
Num País onde a responsabilidade e os deveres não existem, e no qual tudo são direitos, seria importante perceber se houve gente que enganou o estado e recebeu subsídios indevidamente, e nesse caso deverão ser duramente penalizados por isso, ou se foi o estado que se enganou ao atribuir esses mesmos subsídios (com o nosso dinheiro).
Se a opção correcta for a segunda, é fundamental que se fulanize a responsabilidade; se perceba quem prevaricou; se conheçam os nomes dos incompetentes; e se faça essa gente pagar efectivamente pelo sofrimento que infligiu a todos os Portugueses.
Do abono de família ao rendimento mínimo garantido, foram cerca de 2,5 milhões de Euros que o estado poupou em três meses através do cancelamento de subsídios que deixaram de ser entregues às famílias. Esta medida de austeridade, considerada de forma quase unânime pelos analistas e comentadores como essencial no estado de caos em que se encontram as contas públicas, vem assim contribuir para a redução do défice e, acima de tudo, complementar o aumento de impostos que todos os Portugueses suportarão para ajudar o País a cumprir os objectivos da moeda única.
Mas apesar de ninguém a ter ainda levantado, existe uma questão premente que se coloca quando ouvimos uma notícia destas: será que foram cortados os apoios que tinham sido mal atribuídos ou pura e simplesmente se retiraram esses apoios àqueles que deles efectivamente necessitavam?
A premência da questão é maior ainda se pensarmos que durante anos a fio, por incúria, incompetência ou desinteresse do estado, houve negligência na forma como se atribuíram e foram pagos esses subsídios. É preciso lembrar que o peso da administração pública no orçamento geral do estado Português é um dos mais elevados da Europa, e que isso se deve sobretudo ao facto de todos nós pagarmos a um conjunto excepcionalmente grande de funcionários para que eles cumpram com rigor e cuidado todas essas tarefas essenciais. Ou seja, os Portugueses pagam o funcionamento de um estado ignóbil, desastrado, trapalhão e incompetente, e voltam a pagar ainda os resultados desastrosos da incapacidade que esse mesmo estado tem de zelar pelos interesses deles.
Num País onde a responsabilidade e os deveres não existem, e no qual tudo são direitos, seria importante perceber se houve gente que enganou o estado e recebeu subsídios indevidamente, e nesse caso deverão ser duramente penalizados por isso, ou se foi o estado que se enganou ao atribuir esses mesmos subsídios (com o nosso dinheiro).
Se a opção correcta for a segunda, é fundamental que se fulanize a responsabilidade; se perceba quem prevaricou; se conheçam os nomes dos incompetentes; e se faça essa gente pagar efectivamente pelo sofrimento que infligiu a todos os Portugueses.